O antigo presidente da República, Joaquim Chissano, apontou a necessidade de haver mais ponderação entre os moçambicanos para o alcance de uma paz efectiva em Moçambique.
Chissano falava na Sé Catedral de Quelimane, capital provincial da Zambezia, onde juntamente com outras individualidades celebrou a missa alusiva a Sexta-feira Santa, data que segundo a crença dos cristãos marca o sofrimento e a crucificação de Jesus Cristo.
Na ocasião, o ex-estadista moçambicano recordou as palavras de Jesus Cristo, quando disse “deixo-vos a minha paz” e, por via disso, sublinhou a necessidade de todos os moçambicanos procurarem entender o que ele pretendia transmitir com essas mesmas palavras.
Joaquim Chissano disse, por outro lado, que todos “devemos assumir Cristo dentro de nós para que possamos ser a paz e que esse desejo chegue aos que estão longe, mesmo os que estão escondidos em matas”.
O antigo presidente, que fazia clara alusão aos homens da Renamo, maior partido da oposição, responsável pela instabilidade com que se debate o país, disse que eles ganhem confiança para voltarem e assim se construir a paz no diálogo e na solidariedade.
“Eu creio que não há ninguém que não está de acordo com o que os bispos reunidos na Beira (provincia de Sofala) disseram. Não devia faltar nada porque todos queremos a paz”, disse Chissano.
Foi durante a presidencia de Joaquim Chissano que o Governo e a Renamo assinaram, em 1992, o acordo geral de paz que pos fim a 16 anos de guerra de desestabilizacao.
Fonte: AIM
Armando Mouro said:
Foi realmente com o governo de Joaquim Chissano que se assinou o acordo de Paz mas que os Governos subsequentes não cumpriram o referido acordo, depois houve centenas de rondas entre a Renamo e Governo e o resultado foi zero. Agora a Renamo pede a intervenção da Comunidade internacional para dialogarem mas pelos vistos, o Governo não está interessado, porque deve querer ainda mais cento e tal rondas, isto assim não vai lá, entretanto vão morrendo inocentes numa guerra “injusta” só porque não existe vontade política entre partidos.
Nas Províncias onde a Renamo ganhou as eleições, a meu ver deviam também Governar em conjunto com a Frelimo, onde os Governadores e Administradores deveriam ser da Frelimo e criavam-se os lugares Vices Governadores e Adjuntos de Administradores para o partido da Renamo e assim a guerra terminaria e o País progredia a bem de TODOS.
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