O Banco de Investimento Global abre este mês a subsidiária em Moçambique. O anúncio foi feito com a divulgação de resultados de 2015 onde a instituição, liderada por Carlos Rodrigues, atingiu os 33% em termos de rácio core tier 1, o que corresponde ao dobro dos melhores e maiores bancos do sistema nacional português. Este rácio é, ainda assim, inferior aos 35% obtidos em 2014.
Aliás, Carlos Rodrigues explica que os resultados foram ligeiramente abaixo do ano recorde de 2014 e justifica os números de 2015 com as condições de mercado que “foram difíceis a partir do 1º trimestre e agravaram-se à medida que o ano decorreu”. O resultado líquido da instituição fechou nos 74,5 milhões de euros, o que compara com os 82,5 milhões em 2014 e os 58,6 milhões de euros em 2013. O produto bancário atingiu os 148,7 milhões de euros.
Refere uma nota da instituição financeira que “os resultados de 2015 quando comparados com o desempenho excecional de 2014, refletem um decréscimo das receitas inerentes a atividades de tesouraria e investimento, por consequência das condições de elevada volatilidade registadas no 3º e 4º trimestres de 2015. Incluem ainda um crescimento de 11% em comissões líquidas e uma ligeira diminuição da margem financeira (menos 6%). Os proveitos não ligados à margem financeira, e que constituem o núcleo do negócio especializado da banca de investimento, onde o banco atua, representaram 84% dos proveitos totais do banco em 2015, comparativamente a 85,2% em 2014 e em linha com anos anteriores. A margem financeira representou cerca de 16% do valor total de proveitos em 2015, versus 14,8% em 2014, também em linha com a média dos anos anteriores”.
Os resultados do BIG foram gerados em Portugal e incorporam despesas não recorrentes, caso da sede do Porto, enquanto os custos de Moçambique já estão reflectidos nas contas consolidadas de 2015. Diz Carlos Rodrigues em nota, que o ano de 2015 terminou com um conjunto de eventos, caso das eleições, do bail-in de obrigacionistas do Novo Banco e da resolução do Banif, “com reflexo negativo na confiança dos investidores”.
Fonte: OJE