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Nicolau Breyner morreu esta segunda-feira, em casa, em Lisboa, confirmou fonte da assessoria do actor. O actor, realizador e produtor de televisão, tinha 75 anos e, de acordo com a mesma fonte, não se encontrava doente, tendo falecido em casa durante a tarde, “aparentemente de causas naturais.”

Nascido em Serpa, no seio de uma família de proprietários agrícolas, Nicolau Breyner acabou por se mudar para Lisboa com os pais, onde estudou canto e participou no coro da Juventude Musical Portuguesa, enquanto estudava no Liceu Camões.

Estreou-se como actor pela mão de Ribeirinho, na peça Leonor Telles, de Marcelino Mesquita, levada à cena pelo Teatro Nacional Popular. Acabou por enveredar pelo teatro cómico, junto de Laura Alves.

O seu primeiro programa televisivo, Nicolau no País das Maravilhas, teve tremendo êxito junto do público, sobretudo pela rábula “Senhor feliz e Senhor contente”, protagonizada pelo próprio Nicolau e por um jovem actor, então desconhecido, Herman José.

Actor, realizador, produtor

A carreira variada  de Nicolau Breyner ficou também marcada pelas sitcoms que concebeu, Eu Show Nico e Euronico. Como actor participou em muitas outras produções televisivas (Gente Fina é Outra Coisa, Nico D’Obra, Reformado e Mal Pago, Santos da Casa, Aqui não Há Quem Viva) e em diversas séries (O Espelho dos Acácios, Verão Quente, Conde D’Abranhos, A Ferreirinha, João Semana, Quando os Lobos Uivam, Pedro e Inês, Equador, Morangos com Açúcar, Barcelona, Cidade Neutral, Família Açoreana).

Nas novelas, um dos seus géneros preferidos, participou em Fúria de Viver, Vingança, Flor do Mar, Meu Amor, Louco Amor, Jardins Proibidos e O Beijo do Escorpião.

Numa carreira de mais de cinco décadas, Nicolau Breyner trabalhou com cineastas como Augusto Fraga, Perdigão Queiroga, Henrique Campos, José Ernesto de Souza, Herlander Peyroteo, Artur Semedo, Luís Galvão Teles, Fernando Lopes, Jorge Paixão da Costa, António Pedro Vasconcelos, Roberto Faenza, Joaquim Leitão, Leonel Vieira, Mário Barroso, João Botelho e Bille August

Uma das participações mais recentes de Nicolau Breyner foi no filme Comboio Nocturno Para Lisboa, adaptação do livro homónimo de Pascal Mercier, estreado em 2013.

Nicolau Breyner recebeu três Globos de Ouro para Melhor Actor, com Kiss Me (2004), O Milagre Segundo Salomé (2004) e Os Imortais (2003).